Pesquisar este blog

Bem-vindos! Este blog surgiu do meu gosto pela palavra, em especial pela palavra escrita. Desde novo, comecei a tomar gosto pela coisa e a escrever um textinho aqui, um poeminha ali, uma redação acolá. Com o passar do tempo, dei-me conta de que esses escritos se encontram dispersos em pedaços de papel, partes de cardenos etc - pois, com frequencia, a gente guarda memórias da nossa infância e adolescência, mesmo não sendo nada de grande valor literário. Ao crescer, não sei se a qualidade dos textos melhorou em nada, mas a vontade de escrever não me abandonou, ainda que se manifeste esporadicamente, e comecei, então, a questionar meu método de produção e armazenagem - papéis soltos por todos os cantos já não me pareciam a melhor maneira. Surgia, assim, a ideia de fazer um blog. Da ideia até sua execução, passaram-se anos, mas finalmente aconteceu. Para entender um pouco mais sobre a escolha do nome, ou sobre o blog em si, leia o post inaugural, clicando aqui. Por fim, muito embora não haja aqui organização quanto a temas, tipos ou formas textuais, preferi separar os textos em versos numa outra página a que chamei de "Líricos". Caso tenha interesse em visualizar esses textos, basta clicar aqui ou no link que se encontra à direita se sua tela. Boa leitura!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Minha primeira experiência como blogueiro foi o silêncio...

Gosto da palavra escrita. Desconheço-a, ignoro-a, não a domino, mas gosto dela. Creio que, por isso, vira e mexe me dá um lampejo de querer escrever qualquer coisa. Sem saber direito o que fazer com meus eventuais textinhos, um dia pensei "por que não criar um blog"? Era só uma ideia despretensiosa (ainda é!), mas ficou lá, latente, em alguma parte remota de minha mente, até que resolvi pô-la em prática.

Fui ao Google, digitei "blog" e esperei as respostas do nosso "guru virtual". Então cliquei num dos primeiros links e comecei o processo genético. Mas um blog, como um filho, precisa de um nome, e eu queria que fosse um, de alguma forma, significativo. Dar nome não deveria ser tão difícil, afinal, o ser humano tem o hábito de nomear quase tudo que lhe cerca, concreto ou intangível. Porém, o Blogspot é bem mais exigente que os cartórios - ao contrário de quando se registra um bebê, ele não aceita duas crianças com o mesmo nome - se já tem um blog chamado "joão", então nenhum outro se chamará "joão"... Quantos de nós ficaríamos sem nome se, de repente, os cartórios resolvessem utilizar o mesmo critério! Resumindo, não encontrava nome que eu quisesse dar que já não estivesse sendo utilizado - não importando quão remota fosse a expressão que eu escolhesse e nem que fosse em língua estrangeira - tudo que eu tentava já tinha dono. Para manter a metáfora dos filhos, era como se uma parturiente fosse proibida de parir enquanto não tivesse escolhido um nome sui generis para seu filho. Como diria Camões, "meio tenso, né?"

Enviei, então, um e-mail a um grupo de parentes e amigos expondo-lhes o meu gosto pela escrita e o meu desejo de iniciar um blog com o intuito de praticar a minha (in)habilidade nessa área, e pedi que me dissessem qual, na opinião deles, seria a palavra, ou expressão, que melhor me descrevesse, pois tinha a intensão de usar suas respostas como fonte de inspiração para nomear meu blog. O tempo passou e passou e... nada! Silêncio! (para não ser injusto, recebi uma única resposta, que me contestou, na verdade, com outra pergunta) Estava aí uma grande fonte de inspiração para nomear meu blog.

Há algo de solene e altivo no silêncio, sabe? Há nele uma grande fonte de sabedoria - no silêncio contemplativo que nos eleva aos píncaros, no silêncio ritualístico das mais belas cerimônias religiosas...Sim, pra mim, a palavra é, sem dúvida, uma das coisas mais grandiosas que existe, contudo, o silêncio é igualmente grandioso. Como dia e noite, cada qual tem seu valor em face da existência do outro. Se tudo fosse uma verborragia constante, a palavra seria não mais que um eterno suplício. O silêncio proporciona a oportunidade de podarmos, lapidarmos, moldarmos e desfrutarmos o dom da palavra que Deus nos deu. E assim, como numa dicotomia linguística, o par silêncio-palavra assume seu valor.

Queria escrever, fazer uso da palavra, exercitar minha débil capacidade de enunciar... mas, foi o silêncio que me iniciou... Paro, reflito um pouco e concluo - também em face ao silêncio, me descubro inapto - é tão difícil acertar quando falar, quando calar...