Às vezes, me sinto – quem não se sente? – com as espaldas de Drummond: “Os ombros suportam o mundo”...
Arquimedes, menos néscio que eu, preteriu solevar o globo sobre si e, numa tacada de mestre, levou o mundo foi no porrete – “Deem-me uma alavanca e um ponto de apoio e eu moverei o mundo”, disse.
Concordo! As coisas orbitam melhor assim mesmo! Antes à paulada que no meu cangote! Não obstante, eis que o pau é nada sem o pivô... E quando o nosso chão se abre, que horror! Tudo desaparece diante de nós; não há onde se apoiar.
Pra quem tem a compleição de Atlas, tanto faz carregar, ou não, o mundo nas costas, mas para os que nele habitam e, como eu, são simples mortais, a coisa é bem outra... Quem não é amigo da onça, está correndo um risco danado de servir-lhe de almoço, ainda que a vara não seja curta... Tudo porque falta apoio...
Como resolver a questão? Não sei! Mas, pra quem precisa de conselho, aí vai um axioma:
Moral da história: Tem hora na vida que nem a cacete as coisas se resolvem!
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